Uma
Primeira Espiadela em 2015
Preocupante a mensagem
escrita no último domingo pelo Primeiro Ministro Britânico, James Cameron. O
texto aponta para a séria possibilidade de novo round da crise financeira global,
que vem represando o crescimento da economia mundial desde 2008.
Cameron centra seus
argumentos na União Europeia, destacando o elevado desemprego e perspectiva de
queda de preços (deflação, que sempre resulta em recessão). Mundialmente ele
cita a falta de vitalidade dos países emergentes e a instabilidade política
internacional.
E o que o Brasil tem a ver
com isso? Na verdade, muito, começando pelas exportações nacionais para a Zona
do Euro, que devem fechar 2014 em torno de US$ 43 bilhões.
Pensando em termos globais,
em 2009, por conta da crise, as vendas internacionais no planeta chegaram a
cair cerca de 23%. Provavelmente, mesmo que o Premier Britânico esteja correto,
a situação não deve chegar a ser tão dramática como há seis anos.
A diferença é que naqueles
tempos o contexto econômico brasileiro era bem diferente do que o atual.
Aparentemente, as duas locomotivas do crescimento nacional - o agronegócio e o
consumo interno – estão perdendo força nesse final de 2014 e continuarão
desacelerando no ano que vem se algo não for feito.
Por sorte dos produtores de
commodities (como soja e carne), a recente desvalorização do real está
revertendo parte das perdas impostas pela queda de preço no mercado
internacional.
Quanto ao consumo, a recente
alta de juros é realmente prejudicial ao varejo. Mas ainda há tempo de
políticas públicas tentarem salvar o ano que vem. Nesse ponto se inclui a
possibilidade de renegociação de dívidas em cartões de crédito e cheques
especiais, de forma a aliviar – de maneira didática, é claro – a pressão sobre
as famílias.
Lembrando novamente de
Cameron, há uma lição a aprender com os europeus: desde a idade média, em
tempos de crise, os habitantes do Velho Mundo se protegem dentro de suas
próprias comunidades. Ou seja, se fica mais difícil gerar riqueza, é importante
saber como preservá-la dentro do território.
Moral da história: em 2015
dê preferência para comprar de seu vizinho, pois o dinheiro que você gastar
estará mais próximo para ser recuperado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário