quinta-feira, 19 de março de 2015

Coitadinho do Irmãozinho do José


De vez em quando me arrependo em deixar para trás meu sonho de adolescente: ser oceanólogo, viver em alto mar, com tempo de sobra para pescar.

Mas a tentativa de entender a humanidade me levou à economia e à filosofia.
Porém, há certos momentos em que penso ter perdido tempo na leitura de milhares de páginas de teorias, análises, e outros textos de formação profissional.

Afinal, certezas lógicas estão ficando de pernas para o ar. Vamos analisar alguns casos:

Economia- Dizem que os juros devem subir se a pressão de consumo leva ao aumento da inflação. Mas que pressão de consumo é essa? As vendas estão caindo e o desemprego disparando. Aumentar juros nesse contexto é a certeza de aprofundamento recessivo (melhor cortar despesa pública);

Estatística - O Datafolha estimou que na passeata do último domingo na Av. Paulista (São Paulo) estiveram cerca de 200 mil manifestantes. A polícia falou em um milhão de pessoas. O normal seria o contrário: os aparatos de segurança forçando a barra para diminuir a importância do protesto, enquanto a imprensa (o Datafolha é da Folha de São Paulo) divulgaria os números mais sensacionais. De quem foi o erro grosseiro?

Política 1 – Em torno de 1% da população brasileira deixou a preguiça do domingo para reclamar do governo nas manifestações. Diante de tal proeza só superada pela campanha das Diretas Já e das Paradas do Orgulho Gay, Miguel Rosseto – Secretário Geral de Governo – alertou na TV que o protesto era de quem se opunha ao governo. Peraí: existe algum caso de gente que é a favor do governo se manifestar contra esse mesmo governo?

Política 2 – E no Congresso Nacional aprovaram a triplicação do Fundo Partidário, que vai a quase R$ 900 milhões por ano. Se os parlamentares querem provocar ainda mais a população, não seria mais fácil e menos custoso cada um colar nos seus próprios fundilhos uma tabuleta do tipo “ME CHUTE!”?

Direito – E finalmente, tive que ouvir meu irmão, José, professoralmente argumentar que os juízes são responsáveis pelos autos dos processos. Isso forneceu a base legal para que o célebre magistrado Flávio Roberto de Souza pudesse dirigir os AUTOmóveis apreendidos de Eike Batista.

Chega por hoje.

Fui!!!

Eduardo Starosta

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