quinta-feira, 12 de março de 2015

Pare de Pagar Juros

Saiu essa semana pesquisa da ANEFAC (Associação Nacional dos Executivos em Finanças) e os resultados são lamentavelmente espantosos.
Em fevereiro, os juros médios do rotativo do cartão de crédito aumentaram para 11,67% ao mês e do cheque especial chegou a 9,44%.
Se você fica devendo R$ 1.000,00 no cartão e “esquece de pagar”, depois de um ano a dívida chegará a R$ 3.760,44 (sem multas). No caso do cheque o valor a pagar ficará em R$ 2.951,98.
A última vez que o consumidor brasileiro esteve sujeito a juros tão elevados foi em julho de 1999, no milênio passado. Mesmo assim, a verdade é que o custo do dinheiro no Brasil sempre foi elevado e com as últimas altas da SELIC a situação se agravou mais ainda.
Se você é pagador fanático de juros do cheque especial e rotativo de cartão é bom começar a analisar o que esse hábito custa a sua vida.
No caso do exemplo dos mil reais – que não está longe da realidade – o prejuízo por ano ao consumidor é de R$ 2.760,44 (cartão de crédito). É um dinheiro que poderia ser usado para comprar algum sonho de consumo, ou mesmo pagar boa parte de umas férias.
Claro que eventualmente se apela para o uso desses juros caros em função de emergências da vida. Mas pense bem: será que antes de chegar em tal situação extrema, os gastos com coisas pouco significativas não te deixaram bem próximo de ficar devendo?
Mesmo não sendo a coisa mais agradável, vale a pena analisar os extratos do cartão de crédito e cheque especial e identificar o quanto se desperdiçou com juros e em gastos fúteis. Some essas quantias, veja o resultado; avalie como o dinheiro jogado fora poderia melhorar a sua vida.
Se essa sugestão virar um hábito, você estará no caminho da independência financeira: deixará de pagar e passará a receber juros.
No início o hábito de poupar é pouco atraente. Mas a conversa é de longo prazo. Por exemplo, aplicando R$ 100,00 por mês com remuneração de 12,75% (SELIC), ao cabo de 10 anos, o saldo da conta será de interessantes R$ 23.653,00. Se forem R$ 200,00 em 35 anos (tempo da vida profissional) o saldo será de R$ 1,3 milhão, o que patrocinará uma boa aposentadoria.
É uma opção de vida: o pequeno sacrifício de hoje pode gerar coisas boas no futuro.
Pare de jogar dinheiro no lixo pagando juros altos!
Eduardo Starosta

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