sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Político Mais Feio do Brasil

Depois de ter de engolir a troca de mais um ministro da sua cota partidária por suspeitas de travessuras com o dinheiro público, a cúpula do PMDB declarou não ter medo de cara feia. Isso é até compreensível na medida em que alguns dos rostos mais bizarros da política nacional são membros ativos da legenda.

Talvez tal declaração da mais alta relevância para os interesses brasileiros indique que o Partido esteja acostumado a tanta feiúra. Esse, seguramente, não é o caso dos leitores do Escracho Geral que – acredito - preferem admirar as coisas belas da vida.

Mas vá lá! Por vezes não há quem resista em dar uma espiadela no bizarro, no inacreditável. Por conta disso, o Escracho Geral está lançando o grande concurso do "Político Mais Feio do Brasil".

Participar é simples: basta citar o nome de seu feioso favorito no espaço para comentários logo após a postagem, ou então clicar ao lado CLIQUE AQUI!  para mandar e-mail com o seu voto (e se possível a foto com a pose de seu candidato a horroroso).

Se ainda vivesse, bem que o Costinha poderia
ser parlamentar e participar de nosso concurso estético...


Caso a promoção agrade aos leitores desse blog, organizaremos rankings semanais, com os 20 mais votados, ao cabo de um mês, sendo "convocados" para os certames eliminatórios. Evidentemente, aceitamos também propostas de critérios, regras e categorias para adotar no concurso.

Não se constranja em sugerir, votar e dar sua opinião. Afinal, se tem tanto político que faz troça da cara de nós, pobres contribuintes e cidadãos, é lógico que também temos direito de nos divertirmos pelo menos um pouquinho com os rostos que mandam e desmandam na gente.
Barbeiragem com os Carros
Até prova em contrário, o governo fez besteira ao sobretaxar em 28% os carros importados. O argumento de que as fábricas nacionais estão paradas por conta da competição predatória das marcas asiáticas, especialmente a chinesa JAC Motors (que tem o Faustão como garoto-propaganda) é frágil.

Há poucas semanas, várias publicações externaram o flagrante dos elevadíssimos preços dos carros brasileiros em comparação com os valores praticados no exterior. Nem desconsiderando a gigantesca carga tributária aqui praticada, os preços chegam a patamares razoavelmente próximos do que é praticado nos EUA e Japão, por exemplo, onde custo do trabalho é bem maior e a maior parte dos insumos muito mais cara.

Moral da história: esse aumento do imposto para os veículos importados aparentemente só beneficia a manutenção de margens das montadoras estabelecidas no Brasil. Isso vai contra os interesses dos consumidores, na medida em que esvazia a pressão competitiva por melhores preços de venda, além de inibir o avanço tecnológico em economia, segurança e conforto dos carros brasileiros.

Mesmo que seja meio traumático lembrar, o governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello teve a iniciativa de tomar algumas medidas corretas para o Brasil. Uma delas se desenrolou a partir da declaração do então Chefe do Executivo de que os carros brasileiros eram carroças. Lembrando da época, realmente o que tínhamos de mais moderno na indústria do motivacional era o Opala, Monza, Santana e o então novato Tempra.

E nas duas últimas décadas ninguém pode dizer que a situação não tenha melhorado, apesar de ainda existir considerável hiato tecnológico desfavorável ao Brasil em relação aos outros grandes consumidores mundiais. Do preço, então, nem se fala!

Ao que parece, a medida do Ministério da Fazenda deve vigorar até o final do ano que vem, isso se não for renovada eternamente, como tentaram fazer com a CPMF (e vivem tentando ressuscitá-la - brrrr).
Sendo assim, afora os lançamentos já anunciados pelas montadoras, não espere nos próximos tempos novidades no mercado, ou mesmo preços mais favoráveis ao consumidor.

Caso o interesse do governo seja realmente combater a concorrência predatória, o melhor é revisar a política que resulta no Real supervalorizado. Se for para proteger os segmentos da indústria nacional, que sejam aqueles  realmente comprometidos com práticas desleais de comércio exterior, como por exemplo, vestuário, brinquedos, móveis, calçados, bebidas (especialmente vinhos) e alimentos.

Até Breve,

Eduardo Starosta

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