terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Dedo do Fidel na Quebradeira da Festa da Flavinha e o Futuro do Brasil

Franca, em São Paulo, é uma cidade mundialmente conhecida por produzir sapatos. Mas desde domingo último o município está ganhando a mídia por conta da Flavinha. É uma moça se especializou em organizar festas do tipo "open bar" (proibida por Lei municipal) que, em bom português quer dizer "pague a entrada e encha a cara de cerveja até não poder mais".

E na madrugada do dia 12, em um evento reunindo cerca de 4 mil bebuns, eis que o estoque de ceva acabou. A reação foi imediata: pancadaria geral e destruição do clube onde a festa estava sendo realizada. A segurança contratada não deu conta de conter o entusiasmo destrutivo dos festeiros de bico seco e a polícia só conseguiu controlar a revolta às custas de muita pancadaria e dezenas de feridos.

 Horas depois, com os ânimos parcialmente recompostos, a  Flavinha justificou a bagunça, não pela falta de cerveja, mas sim pela falta de segurança necessária para conter o público em uma situação de falta de cerveja.

Sem querer, ela deu uma maravilhosa explicação de como acontece o colapso de uma sociedade.

Imagine que a nossa heroína fosse a presidente da república; o valor cobrado pelo ingresso na festa, os impostos; a cerveja os serviços para a sociedade; a segurança, as forças armadas; o salão de baile o território nacional; e os convidados, o povo.

No caso, o problema da Flavinha foi que ela fez as contas erradas ao tomar, sozinha, conta do dinheiro do povo ao invés dei deixar as pessoas comprarem a   cerveja por conta própria, quando realmente tivessem sede.

Certamente teve desperdício (cerveja quente, e "presentes ao santo", por exemplo), o que fez com que o estoque acabasse antes do prometido.

Daí, com a falta de combustível para manter a embriaguez, o povão se julgou enganado e partiu para a revolta furiosa, destruindo tudo o que via pela frente. O exército, por mais forte que fosse, foi incapaz de controlar a situação... e era uma vez um país.

Aparentemente, o dono de Cuba, Fidel Castro, ficou sabendo o que aconteceu na festa da Flavinha; olhou para o próprio umbigo e confessou algo como "caguei".
Para a maioria das pessoas, a idade traz a maturidade; sacia a arrogância juvenil pela sede de mandar e do poder de subjugar, mesmo que por motivos aparentemente justos. Até há alguns anos, antes da invenção do Viagra (maravilha!), isso também se aplicava ao sexo.
E o nosso barbudão do Caribe talvez esteja se dando conta disso, ao tentar arrumar a casa, demitindo meio milhão de funcionários públicos e , mandá-los se virar no mercado. Não dá para deixar de perguntar: será que o Partido Comunista cubano e suas forças armadas vão conseguir segurar a fúria de quem ficar sem a teta no governo? Ou será que Fidel e seu jovem mano caçula virarão picadinho à cubana? Não custa relembrar o desfecho da festa da Flavinha. Pelo jeito o Chaves (o da Venezuela; não o personagem mexicano) vai pelo mesmo caminho.
Os comunas chineses é que foram expertos: tomaram o poder; esperaram o Mao Tse Tung morrer; e passo a passo copiaram os passos de Taiwan - onde se refugiou Chian Kai-shek e seus capitalistas - ; mantendo-se na direção do país.
Dito isso, voltemos agora ao quadro político brasileiro, em plena contagem regressiva para as eleições presidenciais.
Cerca de 70% dos candidatos são mais tendentes – pelo menos publicamente - ao estilo de gestão pública do Fidel (que parece estar virando a casaca)  e do Chaves venezuelano. E os governos realmente socialistas remanescentes deixam muito claro que os ideais de igualdade entre os homens e mulheres acabam se transformando em regimes autoritários - ou de falsa democracia – de alta corrupção; onde os poderes legislativo e judiciário tendem a virar marionetes; e as empresas braços operacionais do poder.
O resultado sempre é o mesmo: um momento inicial de melhoria por conta de políticas de distribuição de renda no curto prazo; mas seguido de perda de eficácia para gerar riqueza, depois que a poupança interna se esvai. E olha de novo a falta de cerveja da festa da Flavinha, gente!
Um conselho: desconfie de certezas na ponta da língua; de verdades fáceis em palavras bonitas; de candidatos ou candidatas que desviam os debates públicos falando de honestidade (nada mais do que obrigação; e não predicado diferencial) ao invés de abordar questões objetivas.
Minha impressão é a de que estamos assistindo a um festival de enganações, que nos vitimarão lá na frente.
Mas vamos adiante para ver o que acontece...
Até breve.

Eduardo S. Starosta

2 comentários:

  1. hahaha, só espero que nao coloquem a flavinha pra dividir o dinheiro publico entre saude, educação e a parte dos politicos, senao a coisa pode piorar...

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  2. Gostei do texto, inteligente!

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