quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A Real Questão Energética

No início de fevereiro encher o tanque dos carros ficará mais caro por conta do aumento da tributação sobre combustíveis. Até abril - se o governo federal não voltar atrás - o litro da gasolina ficará R$ 0,22 mais caro e o do diesel aumentará R$ 0,16.

Sendo comedido nas palavras, não se pode deixar de dizer que isso é uma BAITA BESTEIRA!

Em termos mais superficiais, é incabível o Brasil estar aumentando o preço do energético quando no mercado internacional o preço do barril de petróleo caiu, em Reais, pela metade nos últimos 12 meses. Pela lógica, deveríamos estar pagando menos de R$ 2,00 por litro de gasolina e estaremos encarando dentro de algumas semanas um preço bem superior a R$ 3,00. Revoltante, não?

A situação fica pior ainda se lembrarmos os motivos do tarifaço. O governo federal gastou mais do que devia e “precisou” aumentar sua receita para cobrir os buracos orçamentários (também não é de se desprezar a necessidade de recuperação de caixa da Petrobrás por conta dos achaques dos últimos anos). E quem paga? O contribuinte, é claro. 

O problema dessa operação tapa-buraco dos cofres públicos é que ela, provavelmente, vai dar errado.

A verdade é que qualquer sociedade que pretende se desenvolver necessita de uma coisa antes dos tradicionais pleitos de educação, segurança, saúde, etc. A primeira necessidade é a energia, no seu conceito mais amplo.

Veja bem, tudo em volta de cada indivíduo depende da energia: a planta cresce; a indústria produz; o transporte escoa; as lojas vendem; e mesmo as pessoas caminhando gastam energia.

O fato é que quanto mais abundante e barata for essa energia, mais fácil é prosperar. Sendo assim, a recente alta da eletricidade e a vindoura majoração dos derivados de petróleo acabará tornando o processo econômico mais difícil, diminuindo as perspectivas de expansão da produção.

Com isso, a base tributária do próprio governo ficará prejudicada e a encrenca fiscal tenderá a piorar. Em resumo, a tentativa de arrecadar mais é um tiro que sairá pela culatra.

Melhor seria se os gestores públicos se empenhassem em reduzir despesa ao invés de promover tarifaços, para dar a chance de nossa pobre sociedade construir um futuro melhor.  


Eduardo Starosta  

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